Um gene tasmaniano

Meu nome é Amanda, estou limpa a 35 horas e só por hoje não vou comer compulsivamente.

E quem se importa se foram 35 ou 8760 horas sem as gordices habituais? Eu me importo, e faço tudo isso por mim. Eu consegui me controlar por um dia, porque não conseguiria por mais 21? É grande a dificuldade de controlar os pensamentos compulsivos, mas poxa, são só 21 dias que o organismo leva para se acostumar com qualquer hábito seguido rigorosamente nesse período, eu quero e eu consigo isso. A partir daí, fica mais fácil controlar a mente e o corpo. Eu programei todos esses dias exatamente como eu quero seguir a vida toda: sem fritura, sem açúcar, sem farinha branca, sem refrigerante, sem remédios, muita água, saladas e frutas, quantidade adequada de carboidratos integrais e o mais importante, sem exagero. Confesso que o primeiro dia é bem difícil pra quem sofre com transtorno, mas depois de conseguir fazer tudo certo ontem eu fiquei mais animada e não quero perder meu esforço e começar tudo mais uma vez, o mesmo ciclo triste e desgastante que fez com que meu peso dobrasse e eu ficasse me dobrando em gordurinhas (que pacotão de lipídio, cara!).

Me superei assumindo ser da família do Taz.

 Completando meu segundo dia sem paçoca (literalmente porque pedi minha mãe pra esconder o pote de paçoquinhas), estou me sentindo extremamente bem por ter vencido minha vontade de sair comendo todos os pães e doces na minha frente e a balança já sofreu menos quando eu subi na coitada hoje. Logo vou postar várias fotos do meu dia a dia, reeducação alimentar, treinos e alguns projetos - eu só precisava de um celular decente e agora ninguém segura.