A compulsão alimentar é um transtorno alimentar comum (atinge de 2 a 4% da população mundial) em que um indivíduo consome regularmente uma grande quantidade de comida de uma vez só, ou "belisca" constantemente, mesmo quando não tem fome. Em seguida, o indivíduo se sente fisicamente desconfortável por comer tanto e começa a recriminar-se pelo ocorrido.
O compulsivo não tem hora para comer: é um "saco sem fundo" e abocanha qualquer coisa o tempo todo, mesmo quando o corpo não precisa de energia. Como consequência, 75% das pessoas com esse distúrbio químico nos mecanismos da saciedade ganham muito peso, pois consomem mais calorias do que precisam por dia, principalmente na forma de doces e gorduras. Aquelas que não engordam, segundo o endocrinologista Alfredo Halpern, é porque têm compensação calórica inconsciente ou um metabolismo muito bom.
Além disso, muitos indivíduos compulsivos também sofrem de depressão, ansiedade e outros transtornos psíquicos, como explicou o psiquiatra Adriano Segal.
O especialista disse que alguns pacientes chegam a comer alimentos crus ou congelados, não por prazer, mas por descontrole. E, num prazo curto de 2 horas, essa ingestão pode chegar a 15 mil calorias, sendo que um adulto normal precisa em média de 2 mil calorias por dia para viver.
De acordo com Halpern e Segal, a compulsão também pode estar associada a um transtorno bipolar e a uma personalidade de excessos, como acontece com compras e drogas, por exemplo. E os episódios de "ataque" são mais frequentes no fim da tarde e à noite, quando a pessoa chega a consumir até 50% das calorias totais daquele dia.
Sinais de compulsão alimentar
- Ingerir uma quantidade excessiva de comida, mesmo quando não tem fome
- Comer até se sentir desconfortavelmente cheio ou mesmo agoniado
- Esconder hábitos alimentares devido a vergonha ou embaraço
- Esconder comida para episódios de voracidade
- Esconder embalagens vazias ou caixas de alimentos e gerar lixo em excesso
- Beliscar ou comer constantemente enquanto houver comida disponível
- Comer quando está sob pressão ou se sente psicologicamente diminuído
- Sentir-se subjugado, envergonhado e culpado durante e/ou depois de um episódio de voracidade
- Exprimir repugnância em relação a hábitos alimentares, peso, corpo ou aparência
- Expressar descontentamento com a aparência, peso ou auto-estima
Os cuidados são comportamentais, com a mudança de estilo de vida, reeducação alimentar e a prática de exercícios, e farmacológicos, com a administração de medicamentos antidepressivos (que modificam os caminhos da serotonina no corpo) e indutores de saciedade.
Os médicos aconselham a atividade física para esses pacientes porque os exercícios diminuem os níveis de depressão e ansiedade, com a liberação de endorfina, hormônio que dá sensação de prazer e substitui a serotonina liberada pela comida, cujo efeito é semelhante.
Quem pratica exercícios também queima mais calorias e tende a comer menos gordura, o que facilita o controle de peso e melhora o funcionamento intestinal, contribuindo de forma ampla para o tratamento do problema.
Bom, isso foi um resumo e espero que todos tenham paciência para ler pois considero um assunto importante, já que muitas pessoas sofrem e não sabem que isso é um transtorno emocional e pode ser tratado. Lembrando que, segundo a psicóloga Michelle Silveira, a famosa "redução de estômago" e o balão intragástrico não mudam o quadro de compulsão e é um risco para o paciente que pode continuar com o transtorno alimentar ou voltar seu emocional para outras compulsões, como compras.
Fontes de pesquisa: Alimentação saudável, Mais equilíbrio, Bem Estar G1
Oiii. estou aqui para escrever que seu post é muito bacana. Parabéns pela iniciativa. http://guilhermesayshi.blogspot.com.br/2013/06/carta-ao-meu-grande-amor-1.html
ResponderExcluirEstou seguindo e curtindo a fan page.
Bjuus
Oi Guilherme, muito obrigada *o* Retribuído! Só não achei sua fanpage, qualquer coisa me manda o link, tá? Beijo <3
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